terça-feira, 5 de junho de 2012


SINAL DE VIDA PLENA

 O Evangelista João que escreveu o IV Evangelho, fala constantemente de sinais que Cristo deixou e que apontam para a divindade de Jesus e de sua vida. A mudança da água em vinho nas bodas de Caná, a cura do homem sego desde o nascimento. A imagem do novo nascimento (3,3-8), a água viva que ele promete dar e que matará a sede para sempre (4,10-15), a parábola do bom samaritano (10,11-15). O dom da graça divina, do amor de Deus definitivo, da vida eterna, da ressurreição e de muitas outras coisas maravilhosas e reais, embora invisíveis, e que estão contidas nestas imagens. O dom de Eucaristia é uma delas, ou melhor, a sua fonte.
A Eucaristia é um dom visível deixada num grande sinal que Jesus realizou as margens do Lago de Genesaré. Ao escurecer de um dia de trabalho intenso de atendimento ao povo, num lugar deserto, ele alimentou cinco mil pessoas. A partir desse fato Jesus começou a revelar a realidade de um grande dom que ela vai deixar antes da sua partida. Esta promessa nós a encontramos no capítulo VI do Evangelho já aludido. “Quem vem a mim não terá mais fome e aquele que crê em mim não terá mais sede” (5,35). Mais adiante, no versículo 51, revela com mais força: “o pão que da vida’ Que Ele vai dar é sua própria carne para a vida do mundo”. Com a mesma vivacidade, acrescenta no versículo 55: “Quem bebe meu sangue viverá em mim e eu nele”. Não será um dom passageiro, mas duradouro, não será uma relação unilateral, mas recíproca, não será qualquer amizade, mas será uma amizade vital, pessoal e divina. Dirá mais tarde: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em plenitude” (10,10). É a vida eterna, ressuscitada, definitiva, como consequência do dom de si mesmo. Tudo isso nos leva ao centro do mistério eucarístico, onde nossas explicações são insuficientes para descrever a realidade e então, quando atingimos com fé esta verdade, não nos resta senão comtemplar e rezar. A prospectiva é de vida completa e eterna. “Quem come de minha carne e bebe de meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia” (6,64). A vida plena é tudo o que o coração humano pode esperar.
A ceia da despedida é muito mais que uma ceia. Ela é uma ceia que recorda a grande libertação do povo israelita da escravidão do Egito. É uma ceia de amigos que se despedem, É uma ceia que antecipa o sacrifício de uma aliança que não tem fim. O corpo que será como que partido na cruz, o sangue que será derramado sobre o solo de nosso planeta privilegiado, serão  o documento do pacto celebrado e o banquete que sela o documento: “Este é meu corpo que é dado para vocês. Este é o cálice da nova aliança no meu sangue que será derramado em favor de vocês. Façam isso em minha memória” (Lc 22,19-20).
 Fonte: O comunitário frei Ismael Martignago.

segunda-feira, 4 de junho de 2012



CORPUS CHRISTI

Expressão é em latim e seu significado em português é: Copo de Cristo. Trata-se de um ponto de nossa fé católica que afirma que no pão e no vinho consagrado estão o corpo, a alma e a divindade de Jesus cristo. Enfim, Cristo está na Eucaristia, como o Senhor ressuscitado, propondo-se como alimento e companheiro der nossa caminhada.

Esta festa religiosa teve seus antecedentes por volta de 1200 quando foi brotando no meio do povo uma devoção crescente e especial a presença do Cristo sacramentado.


O movimento para que se fizesse uma festa pública para com a Eucaristia teve início na cidade de Liège, Uma religiosa chamada Juliana, da Ordem de Santo Agostinho, juntamente com algumas amigas, insistiu com o Bispo, Roberto de Liège, para que fizesse esta festa de comemoração. O Bispo Roberto instituiu para a diocese de Liège esta festa religiosa em 1246.

O Papa Urbano IV, que tinha pertencido o clero de Liège, estendeu essa comemoração para a Igreja do mundo inteiro, em 1264. Sua característica é da manifestação pública e externa de alegria a este sacramento tão querido na vida do povo católico. Este aspecto é difícil fazer aparecer na quinta feira santa, cuja característica é a interioridade.

O costume de se fazer procissão apareceu na colônia, Alemanha, em 1274.

Fonte: O Comunitário paróquia Imaculada Birigui/Sp – Abril/Maio/1999


CORPUS CHRISTI MISTÉRIO EUCARÍSTICO

Na quinta feira após o domingo da Santíssima Trindade, os fiéis católicos celebram o Corpo e o Sangue de Cristo (do latim Corpus Christi). A solenidade foi instituída pelo Papa Urbano IV em 11 de agosto de 1264, com a Bula Transiturus, a partir da tradição iniciada depois que a freira belga Juliana Mont Cornellon teve visões da Virgem Maria, pedindo para que fosse realizada uma grande festa para horar o copo de Jesus na Eucaristia.

Desde então, a celebração tem três finalidade: honrar Cristo, pedir perdão pelo que foi feito a Ele e protestar contra aqueles que negavam a presença do Senhor na hóstia sagrada.

Além das celebrações litúrgicas, nesta data costuma-se realizar uma procissão pelas vias públicas. O evento iniciou-se na diocese de Colônia, Alemanha, e se fundiu para a França e Itália. No caminho das procissões, os fiéis passaram a enfeitar as ruas e em algumas cidades tornou-se tradição confeccionar tapetes coloridos com a figura de Jesus, do pão e do cálice, utilizando-se materiais com serragem colorida, papel, isopor, flores, folhas ou vidro moído.

Na Itália, a pequena cidade de Genzano di Roma tornou-se famosa com a procissão de Infiorata, realizada desde o final do século XVIII sobre um tapete com cerca de 350 mil flores, que formam treze quadrados em dois mil metros quadrados.

Há relatos de que a tradição dos tapetes chegaram no Brasil por meio dos imigrantes açorianos, vindos para a região Sul do país a partir de 1666, sendo que a cidade como Florianopólis e Garopaba, de forte ascendência açoriana, ainda mantêm esse costume.

 Fonte: Revista Ave Maria – junho de 2-12









 SOLENIDADER DE CORPUS CHRIST

No final do século  XIII surgiu em Liéje, Bélgica, um Movimento Eucarístico cujo centro foi a  Abadia de Cornillon fundada em 1124 pelo Bispo Albero de Lieja. Este movimento deu origem a vários costumes eucarísticos, como por exemplo, a Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos durante a elevação na Missa e a festa do  Corpus Christi.

Santa Juliana de Mont Cornillon, naquela época priora da Abadia, foi à enviada de Deus a propiciar esta Festa. Desde jovem, Santa Juliana teve uma grande veneração ao Santíssimo Sacramento. E sempre esperava que se tivesse uma festa especial em sua honra. Este desejo se diz ter intensificado por uma visão que teve da Igreja sob a aparência de lua cheia com uma mancha negra, que significava à ausência dessa solenidade.

Juliana comunicou estas aparições a Dom Roberto de Thorete, o então bispo de Lièje. O bispo  Roberto ficou impressionado e, como nesse tempo os bispos tinham o direito de ordenar festas para suas dioceses, invocou um sínodo em 1246 e ordenou que a celebração fosse feita no ano seguinte.

Em 1247, aconteceu a 1ª procissão eucarística pelas ruas de Liège, já como festa da diocese. Depois se tornou festa nacional na Bélgica

Dom Roberto não viveu para ver a realização de sua ordem, já que morreu em 16 de outubro de 1246, mas a festa foi celebrada pela primeira vez no ano seguinte a quinta-feira posterior à festa  da Santíssima Trindade. Mais tarde um bispo alemão conheceu os costumes e a o estendeu por toda a atual Alemanha.

A festa mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264, seis anos após a morte de irmã Juliana em 1258, com 66 anos. Santa Juliana de Mont Cornillon foi canonizada em 1599 pelo Papa Clemente VIII.

O Santo Padre Urbano IV estendeu a festa do Corpus Christi a toda a Igreja por meio da bula "Transiturus" de 8 setembro do mesmo ano, fixando-a para a quinta-feira depois da oitava de Pentecostes  e outorgando muitas indulgências a todos que asistirem a Santa Missa e o ofício.

A morte do Papa Urbano IV (em 2 de outubro de 1264), um pouco depois da publicação do  decreto, prejudicou a difusão da festa. Mas o  Papa Clemente V tomou o assunto em suas mãos e, no concílio geral de  Viena (1311) ordenou mais uma vez a adoção desta festa.


A partir do século XIV, o Papa Clemente V, em 1313, confirmou a Bula de Urbano IV nas Constituições Clementinas do Corpus Júris, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial. Em 1317, o Papa João XXII publicou esse Corpus Júris com o dever de levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas.

 
Finalmente, o Concílio de Trento declara que muito piedosa e religiosamente foi introduzido na Igreja de Deus o costume, que todos os anos, determinado dia festivo,  seja celebrado este excelso e venerável sacramento com singular veneração e solenidade; e reverente e honorificamente seja levado em procissão pelas ruas e lugares públicos. Nisto os cristãos expressam sua gratidão e memória por tão inefável e verdadeiramente divino benefício, pelo qual se faz novamente presente a vitória e triunfo sobre a morte e ressurreição de Nosso Senhor.

Em 1983, o novo Código de Direito Canônico – cânon 944 – mantém a obrigação de se manifestar ‘o testemunho público de veneração para com a Santíssima Eucaristia’ e ‘onde for possível, haja procissão pelas vias públicas’, mas os bispos escolham a melhor maneira de fazer isso, garantindo a participação do povo e a dignidade da manifestação.

Noia: Santa Juliana de Mont Cornillon A santa nasceu em Retines perto de Liège, Bélgica em 1193. Ficou órfã muito pequena e foi educada pelas freiras Agostinas em Mont Cornillon. Quando cresceu, fez sua profissão religiosa e mais tarde foi superiora de sua comunidade. Morreu em 5 de abril de 1258, na casa das monjas Cistercienses em Fosses e foi enterrada em Villiers.

Fonte: pesquisa na Internet