SOLENIDADER DE CORPUS CHRIST
No final do século XIII
surgiu em Liéje, Bélgica, um Movimento Eucarístico cujo centro foi a
Abadia de Cornillon fundada em 1124 pelo Bispo Albero de Lieja. Este movimento
deu origem a vários costumes eucarísticos, como por exemplo, a Exposição e
Bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos durante a elevação na Missa e
a festa do Corpus Christi.
Santa Juliana de Mont Cornillon, naquela época priora da Abadia, foi à enviada de Deus a propiciar esta Festa. Desde jovem, Santa Juliana teve uma grande veneração ao Santíssimo Sacramento. E sempre esperava que se tivesse uma festa especial em sua honra. Este desejo se diz ter intensificado por uma visão que teve da Igreja sob a aparência de lua cheia com uma mancha negra, que significava à ausência dessa solenidade.
Juliana comunicou estas aparições a Dom Roberto de Thorete, o então bispo de Lièje. O bispo Roberto ficou impressionado e, como nesse tempo os bispos tinham o direito de ordenar festas para suas dioceses, invocou um sínodo em 1246 e ordenou que a celebração fosse feita no ano seguinte.
Em 1247, aconteceu a 1ª procissão eucarística pelas ruas de Liège, já como festa da diocese. Depois se tornou festa nacional na Bélgica
Dom Roberto não viveu para ver a realização de sua ordem, já que morreu em 16 de outubro de 1246, mas a festa foi celebrada pela primeira vez no ano seguinte a quinta-feira posterior à festa da Santíssima Trindade. Mais tarde um bispo alemão conheceu os costumes e a o estendeu por toda a atual Alemanha.
A festa mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264, seis anos após a morte de irmã Juliana em 1258, com 66 anos. Santa Juliana de Mont Cornillon foi canonizada em 1599 pelo Papa Clemente VIII.
O Santo Padre Urbano IV estendeu a festa do Corpus Christi a toda a Igreja por meio da bula "Transiturus" de 8 setembro do mesmo ano, fixando-a para a quinta-feira depois da oitava de Pentecostes e outorgando muitas indulgências a todos que asistirem a Santa Missa e o ofício.
A morte do Papa Urbano IV (em 2 de outubro de 1264), um pouco depois da publicação do decreto, prejudicou a difusão da festa. Mas o Papa Clemente V tomou o assunto em suas mãos e, no concílio geral de Viena (1311) ordenou mais uma vez a adoção desta festa.
A partir do século
XIV, o Papa Clemente V, em 1313, confirmou a Bula de Urbano IV nas
Constituições Clementinas do Corpus Júris, tornando a Festa da Eucaristia um
dever canônico mundial. Em 1317, o Papa João XXII publicou esse Corpus Júris
com o dever de levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas.
Finalmente, o Concílio de Trento declara que muito piedosa e religiosamente foi
introduzido na Igreja de Deus o costume, que todos os anos, determinado dia
festivo, seja celebrado este excelso e venerável sacramento com singular
veneração e solenidade; e reverente e honorificamente seja levado em procissão
pelas ruas e lugares públicos. Nisto os cristãos expressam sua gratidão e
memória por tão inefável e verdadeiramente divino benefício, pelo qual se faz
novamente presente a vitória e triunfo sobre a morte e ressurreição de Nosso
Senhor.
Em 1983, o novo Código de Direito Canônico – cânon 944 – mantém a obrigação de se manifestar ‘o testemunho público de veneração para com a Santíssima Eucaristia’ e ‘onde for possível, haja procissão pelas vias públicas’, mas os bispos escolham a melhor maneira de fazer isso, garantindo a participação do povo e a dignidade da manifestação.
Noia:
Santa Juliana de Mont Cornillon A santa nasceu em Retines perto de Liège,
Bélgica em 1193. Ficou órfã muito pequena e foi educada pelas freiras Agostinas
em Mont Cornillon. Quando cresceu, fez sua profissão religiosa e mais tarde foi
superiora de sua comunidade. Morreu em 5 de abril de 1258, na casa das monjas
Cistercienses em Fosses e foi enterrada em Villiers.
Fonte: pesquisa na Internet
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