SINAL DE VIDA
PLENA
A
Eucaristia é um dom visível deixada num grande sinal que Jesus realizou as
margens do Lago de Genesaré. Ao escurecer de um dia de trabalho intenso de
atendimento ao povo, num lugar deserto, ele alimentou cinco mil pessoas. A
partir desse fato Jesus começou a revelar a realidade de um grande dom que ela
vai deixar antes da sua partida. Esta promessa nós a encontramos no capítulo VI
do Evangelho já aludido. “Quem vem a mim não terá mais fome e aquele que crê em
mim não terá mais sede” (5,35). Mais adiante, no versículo 51, revela com mais
força: “o pão que da vida’ Que Ele vai dar é sua própria carne para a vida do
mundo”. Com a mesma vivacidade, acrescenta no versículo 55: “Quem bebe meu
sangue viverá em mim e eu nele”. Não será um dom passageiro, mas duradouro, não
será uma relação unilateral, mas recíproca, não será qualquer amizade, mas será
uma amizade vital, pessoal e divina. Dirá mais tarde: “Eu vim para que tenham
vida e a tenham em plenitude” (10,10). É a vida eterna, ressuscitada,
definitiva, como consequência do dom de si mesmo. Tudo isso nos leva ao centro
do mistério eucarístico, onde nossas explicações são insuficientes para descrever
a realidade e então, quando atingimos com fé esta verdade, não nos resta senão
comtemplar e rezar. A prospectiva é de vida completa e eterna. “Quem come de
minha carne e bebe de meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no
último dia” (6,64). A vida plena é tudo o que o coração humano pode esperar.
A
ceia da despedida é muito mais que uma ceia. Ela é uma ceia que recorda a
grande libertação do povo israelita da escravidão do Egito. É uma ceia de
amigos que se despedem, É uma ceia que antecipa o sacrifício de uma aliança que
não tem fim. O corpo que será como que partido na cruz, o sangue que será
derramado sobre o solo de nosso planeta privilegiado, serão o documento do pacto celebrado e o banquete
que sela o documento: “Este é meu corpo que é dado para vocês. Este é o cálice
da nova aliança no meu sangue que será derramado em favor de vocês. Façam isso
em minha memória” (Lc 22,19-20).
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