terça-feira, 15 de maio de 2012


CARDEAL DOM CLÁUDIO HUMMES CONTRADIÇÃO NO MINISTÉRIO


Além do lada maravilhoso do ministério sacerdotal há também, por outro lado, densas sombras sobre esse tão importante setor da Igreja, que são os presbíteros em todo o mundo. Trata-se, sobretudo, do fenômeno da pedofilia, da homosexualidade, do concubinato e outras formas de trasgredir a reta conduta exigida de cada presbítero. Várias destas formas de transgressões se constituem em verdadeiros delitos graves, seja diante da moral evangélica, seja diante da lei canônica, seja diante das leis civis.

 
Quanto à pedofilia, sabemos que o fenômeno não se restringe nem predomina no meio do clero católico, mas trata-se de uma chaga moral em toda a sociedade e que a maioria dos casos ocorrem no interior da vida famíliar, entre parentes. Recentemente, publicou-se na imprensa que, segundo pesquisas, na Europa, de cada 5 crianças uma sofreu ou ainda sofre abusos sexuais. Bastaria falar do turismo sexual com menores, para perceber a extensão deste criminoso fenômeno. Mas isto em nada diminui a gravidade do fenômeno quando o criminoso é um membro do clero. Podemos mesmo dizer que o escândalo é significativamente maior quando um clérigo está envolvido, porque este deveria dar o bom exemplo à sociedade e a cada pessoa.

Sabemos que tanto o Papa João Paulo II, como o atual Papa, Bento XVI, condenaram veementemente estes crimes entre o clero, concluindo que não há lugar entre o clero para um pedófilo, isto é, deve imediatamente ser afastado do ministério. Em decorrência, como sabemos, o bispo ao tomar conhecimento que um presbítero seu tem incorrido em tal crime, ou ao menos há indícios sérios de que isso tenha ocorrido, deve imediatamente levar o caso ao conhecimento da Congregação para a Doutrina da Fé. Se não o fizesse, poderia ser acusado de acobertar o crime, coisa que a Igreja hoje rejeita peremptoriamente. Importante também anotar, que nunca se deve pedir nem insinuar às vítimas que não denunciem o crime, muito menos ainda oferecer dinheiro ou favores às vítimas para que não denunciem. Ao contrário, deve-se encorajá-las a que o façam, pois o crime deve ser punido. A impunidade foi sempre causa de novos crimes. Acrescente-se ainda que a pedofilia é tanto mais criminosa porque as vítimas sãos crianças que levarão para o resto da vida traumas terríveis. Por isso, a Igreja nos orienta para que apoiemos as vítimas e as defendamos e ajudemos a recupará-las no que for possível.

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