sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Repouso no Espírito Santo na visão do padre O. Melançon, C.S.C.

Aguns apsctos do repouso

No Renovamento Carismático encontram-se várias manifestações do poder do Espírito Santo, que de início espantaram grandemente, mas que são agora mais facilmente admitidas como autênticas; é assim com o dom das línguas, das Curas, a Efusão do Espírito, a imposição das mãos.

Mas há um fenômeno sobrenatural menos conhecido, que se torna cada vez mais freqüente no Renovamento Carismático: é o repouso no Espírito. Com efeito, o repouso no Espírito reveste-se das características do arrebatamento (que é uma espécie de êxtase). Como é um arrebatamento, o repouso no Espírito é da mesma família da ordem extática. Esta experiência mística é destinada a favorecer uma vida cristã mais fervorosa ou uma conversão do coração.
 
Habitualmente, o arrebatamento verifica-se em pessoas avançadas na vida espiritual, ou, como dizia Santa Teresa d'Ávila, que atingiram as sextas moradas do castelo interior. Não se chega, portanto, de um pulo, ao período do êxtase ou do arrebatamento; em geral este é precedido de uma série de etapas de contemplação infusa, das quais a menos elevada é chamada por Santa Teresa d'Ávila "oração de contemplação".

Lembremo-nos de que há três graus no êxtase:
 
  • O êxtase simples, quando este se produz lentamente, ou se não é muito forte;
  • O deslumbramento, quando o êxtase é súbito e violento;
  • O vôo do espírito, quando, como diz Santa Teresa d'Ávila, "age de tal maneira que o espírito parece verdadeiramente sair do corpo".
Ora, as características do deslumbramento encontram-se no repouso no Espírito, salvo evidentemente, o grau avançado de vida espiritual. Com efeito, às vezes, acontece que Deus concede tal experiência espiritual a pessoas de virtude pueril, ou a principiantes na vida espiritual, a fim de os atrair a Si.

O repouso no Espírito resulta mais freqüentemente, da imposição das mãos, ou pelo menos de um toque da mão na cabeça, embora esse gesto não seja sempre necessário. A pessoa começa a vacilar, para finalmente cair devagarzinho para trás. Esta queda é causada por uma graça tão poderosa do Espírito Santo que o corpo já não pode suportá-la e, então, as suas forças abandonam-no. Contudo, é preciso esclarecer que a queda não é obrigatória e não condiciona, necessariamente, a recepção da graça. Por outro lado, aqueles que não "caem" são afetados por uma vertigem não desagradável, tremuras ou pernas debilitadas, mas estas manifestações físicas são impregnadas de doçura e de paz.  

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